Estética

Falar de estética é falar das coisas que dão prazer aos seres, quer seja a Iahuveh, quer seja a um humano. Nem sempre o prazer desses dois se alinham, mas eu acho que a estética mais prazerosa, de maior beleza, é aquela que mais chega perto do “gosto” de Iahuveh: daquilo que é mais prazeroso aos olhos dele.

Tem gente que vê beleza na morte. Mas a beleza que vêem é da morte mesmo, ou será que é da conclusão de que a morte é o fim da dor presente? De que é prova de uma força maior que a força vital?

Tem gente que tem prazer em usar os outros com egoísmo. Esse prazer é porque abuso é algo belo mesmo, ou porque a mente dessas pessoas está doente, trocando o belo pelo feio?

“Beleza” pode ser subjetivo, eu não respeito todo sujeito igualmente. Confio mais em Iahuveh. Acho que conformar nossos prazeres aos prazeres de Iahuveh é escolher, sim, uma estética melhor. O que é feio pra ele tem que ser feio pra mim. O que não é feio... é bonito (uau), e às vezes tem mais de uma coisa bonita. Amarelo e Azul são bons, são bonitos. Feijoada e Salada são belos, são boas opções. Pele escura é bom, é bonito. Pele clara é bom, é bonito. Tonalidades são belas. A forma masculina é boa e bela, a forma feminina é boa e bela. Olho puxado, nariz largo, queixo longo: bom, bom, bom, e o oposto desses também é bom. Viva a liberdade estética!

E sinais de obesidade? Sinais de desnutrição ou anorexia? Amputações? Sinais de deficiências físicas ou mentais? São sinais belos e bons?

Não são bons em si, porque acredito que são sinais de falta de saúde, de sofrimento, violência ou morte, sujeitos à transformação nos novos céus-e-terra (1 Cor 15.42-44). Mas tem espaço pra muita beleza ao redor desses sinais. Óculos são sinal de decadência visual, mas também um ítem de “beleza” (de moda). Bolsas de colostomia são sinais de problemas de saúde, mas também são símbolos de superação. Libras são sinal de perda da preciosa habilidade de ouvir, mas também são porta de entrada em uma rica cultura que independe de sons. Um corpo crucificado é sinal de violência e ódio, mas pode ser um belo símbolo de salvação pra humanidade. Não posso dizer que a tortura de Ieshua em si é boa, bela, ou prazerosa. Mas, se humanos conseguem chamar coisa feia de “coisa bela” (que nem um sádico que acha tortura bonito), quanto mais Iahuveh conseguiria de fato fazer coisa feia dar fruto bonito (deixar seu filho morrer), mas sem ter prazer no que é feio.